Hoje não escrevemos ou lemos exatamente como nos velhos tempos. Somos seres ávidos de comunicação, compartilhando linguagens e dialogando via diferentes universos. O Projeto Gestar, em meio a tantas rotas, também foi um canal de comunicação que nos permitiu repensar, atualizar, enriquecer o universo linguístico (teórico e prático).
Este Programa tem seu mérito uma vez que fundamentou suas atividades na Linguística Textual. As propostas apresentadas contribuíram de modo relevante no desenvolvimento da leitura e da escrita. Ninguém chega à escrita sem antes ter passado pela leitura. E leitura não significa somente a capacidade de juntar letras, palavras, frases. Ler é compreender a forma como está tecido o texto, ultrapassando sua superfície e inferindo da leitura seu sentido maior. A leitura complementa a escrita. Assim, sustento a ideia de que só se escreve bem quem é leitor.
Embora eu não tenha aplicado em sala de aula todas as atividades apresentadas nos cadernos, acredito que elas auxiliaram no desempenho linguístico dos educandos. Trabalhar com gêneros textuais proporcionou ao aluno o exercício da linguagem através de atividades que procuraram atingir objetivos específicos. Logo, uma vez que o intuito das aulas de língua portuguesa é preparar sujeitos linguisticamente capazes, mediante o trabalho com gêneros textuais, cujos textos analisados e produzidos estão inseridos em contextos reais, propícios ao exercício da função e ao alcance dos objetivos de cada gênero, é possível que se concretize a formação de leitores e produtores de textos potenciais, aptos a manipular a linguagem em favor de seus objetivos e necessidades. Dessa forma, houve um aproveitamento significativo no processo de letramento dos alunos.
O material apresentado estimulou desenvolver competências e aptidões linguísticas, sobretudo para que o estudante transitasse exitosamente em diferentes campos comunicativos. Portanto, o Programa Gestar pode contribuir para que o aluno se torne um poliglota em sua própria língua.
Daiane Fagherazzi
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