Sempre reflito a respeito das tarefas escolares da língua mãe. Como tornar as aulas mais envolventes e significativas; como trabalhar o conteúdo de maneira que faça o aluno pensar, discutir, escrever, reescrever, enfim, posicionar-se frente ao mundo que o cerca.
Muitas dúvidas e questionamentos, mas uma certeza: o engrossamento das sinapses é incessante. A busca incansável de iluminadas aulas para nutrir os neurônios de nossos pupilos não dá trégua. Até porque “não podemos nos entregar pros homens, mas de jeito nenhum”.
Darei aula particular. Conteúdo? As amadas (por mim, é claro) orações coordenadas e subordinadas. Indubitavelmente, elas não aparecerão espraiadas. Interdependentes, então? Com a palavra, a célebre Linguística: “- As orações são formadas com os sintagmas organizados em dois processos: o de ordem e o de dependência. Não se pode falar em orações independentes já que ocorre (mesmo as coordenadas que apresentam uma autonomia sintática) uma combinação que estabelece uma vinculação semântica entre elas”.
Óh! Magnânima Linguística, tu és indispensável a nós, defensores da Língua Portuguesa. Já que nos expressamos através de frases articuladas, e não por meio de frases soltas, a sintaxe se torna a coluna vertebral da língua, pois garante o funcionamento e a estruturação do pensamento. A sintaxe é responsável pela tessitura do texto, formando a rede sintática, por onde passa o fio condutor da mensagem.
Tem-se alguma dúvida da importância do estudo das orações? Para compreendermos os mecanismos de coesão textual, precisamos conhecer as orações responsáveis pelo encadeamento das ideias que se articulam no texto.
Assim, se a sintaxe é responsável pela estrutura textual através dos planos linguístico (a coesão – os processos de referência e sequenciação textuais) e do conceitual (a coerência), o estudo das orações começa a fazer sentido. Bendita és tu, poderosa Linguística.
Daiane Fagherazzi
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