Penso, logo reflito!
Informação? Demais.
Tempo para tudo consumir? De menos.
O tempo para ver alguém
e, aqui, digo de forma real, parece escasso. O mundo virtual engole o
real.
O mundo real parece
perder espaço. Se posso algo é no mundo virtual. Lá as
possibilidades são infinitas. Lá sou ouvido, lido, “visto”. Ao
menos acredito nisto.
Afeto no abraço? Não
existe. Para quê? Se todos me dão atenção, mesmo às avessas?
Nada de olho no olho,
nada sólido, nada duradouro. Tudo é dissolvido rapidamente a fim de
que se possa consumir mais e muito mais coisas, informações, bens.
E mais, sem parar.
Vale a pena? Penso que
não, pois o vazio toma conta; não isso que traz a verdadeira
alegria humana.
Talvez eu pergunte ao
meus amigos virtuais. Ele são tantos. Um dia eles estão ali na
telinha, no celular; outro dia desaparecem. É tudo muito estranho.
Vou atrás da Apple e
acho que ela pode sistemar minha vida. Com certeza há um aplicativo
para fazer isso.
Estou dominado pelas
redes sociais onde eu vivo de forma fugaz, com pessoas me oferecendo
amizades passageiras.
Onde eu estou?
Quem sou?
Sou o que dizem de mim
ou sou o que penso que sou?
Penso, logo reflito...
Daiane Fagherazzi
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