ZAINO
Zaino
e eu nos criamos em meio às pastagens respirando a liberdade,
refletidos na pura água da sanga. Como andantes de sonhos e
distâncias há momentos que a infância se faz presente e queremos
nos banhar na fonte da esperança.
Hoje
quero rever o meu pago. Mas há sede nos rios, nos açudes, nos
banhados dos salpicados de garças e auroras.
Agora o ar quer respirar e troteando devagarito, ergo meus olhos para
o céu e, como uma oração, peço que ali naquele galpão, as cuias,
passando de mão em mão, tragam algo mais que o saborear da erva.
Seiva
amarga ou doce, não importa, mas que tenha na sua essência o cheiro
da terra, o verde do campo. E o mais importante, a convivência e a
união. O verde, a chuva continuarão, se preservarmos o que ganhamos
num desses dias em que o sol se punha despacito eu o vento assoviava
por entre os campos e arvoredos. E o quero-quero, ah!, esse dizia “
quero...quero...agradecer.”
Hoje
no seu cantar talvez queira dizer “quero, quero, quero que volte o
verde regado pela água pura.” Hoje me uno a ele e canto “ Quero
rever o meu rincão e por instantes trotear com meu zaino.
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